.__o que temos para hoje é o que se sabe: há vida. e por ela dispomos os nossos pés no solo. um corpo. uma batida interna...
Galeano uma vez escreveu que os humanos eram vistos lá de cima, desde o céu, como um mar de foguinhos.
Freddie Mercury e David Bowie uma vez cantaram “que o terror é saber o que realmente é esse mundo, observando alguns bons amigos, gritando deixem-me sair”.
Mujica uma vez disse que quando compramos algo, não compramos com dinheiro. Compramos com o tempo de vida que tivemos que gastar para ter aquele dinheiro.
Mas com uma diferença, a única coisa que não se pode comprar é a vida.
A vida se gasta.
Inevitável é não pensar.
Em que momento da história foi que
o estresse brotou do asfalto,
o cérebro colapsou
a pressão sucumbiu.
Vibrar no estilo old fashion deveria merecer mais uma chance.
Dar oi ao sol.
Acordar sem o despertador.
Escutar o barulho do café passando.
Ter calma para preparar o almoço sentindo o aroma da cebola e do alho condimentando o ambiente.
Colocar o pé na grama.
Notar que o sabiá cantou e o cacto floresceu.
Há espaço. Para perceber.
Até que a última dança chegue.
Quando? Não se sabe ao certo. Só se sabe que chega.
O que temos para hoje é o que se sabe: há vida.
E por ela dispomos os nossos pés no solo. Um corpo. Uma batida interna.
Feliz é quem sorri com o sorriso do outro.
Sabe passar a vez.
Olhar no olho.
Coexistir no projeto do possível.
Navegar.
Ser.
Simplesmente: o que QUISER.
O momento presente não é a última dança.
tf.