[...] conecta o passado que eu não vivi, mas que de certa forma vive em mim. na impressão da minha memória ancestral. as ruas de Olinda...
.__gosto de ruas de pedra. arquitetura típica local. aquelas casas coloridas, similares a um portal que conecta o passado que eu não vivi, mas que de certa forma vive em mim. na impressão da minha memória ancestral. as ruas de Olinda, no Pernambuco, desde as fotos, já tinham o meu coração. quando pisei lá, em um dia de sol ardente, me deparei com a ladeira da misericórdia. diz o povo local que para descer é fácil, mas pra subir: "misericórdia!". e fazia sentido. meus músculos sentiram os aclives e os declives. ao passo em que seguia desbravando, eu não almejava ir a nenhum lugar específico. queria mesmo é seguir a pé de um ponto a outro e me encontrar em alguma referência no meio. a vida, às vezes, é sobre isso. é sobre o meio e não sobre o fim.
tf.
Taís Fagundes.